sábado, 9 de julho de 2011

Nova rede social do Google promete desbancar o Facebook

O Google iniciou na semana passada a distribuição de convites para o Google+, sua nova rede social. Você já viu esse filme. É a quarta tentativa de enfrentar o rival Facebook, que ultrapassou recentemente a marca dos 750 milhões de usuários no mundo. A primeira, o Orkut, ainda é um fenômeno entre os brasileiros (mais de 70% dos internautas locais estão nele), mas pouco relevante no mundo. No ano passado, vieram mais duas: o Google Buzz, que permitia criar conversas rápidas vinculadas ao Gmail e trocar arquivos. E o Google Wave, um serviço on-line de compartilhamento de informações que naufragou em sua própria ambição (leia abaixo).

O Google+ começou seguindo a cartilha de outros serviços on-line vencedores, como o Gmail e o Facebook: convites para poucos. O Google+ foi distribuído a formadores de opinião e entusiastas de redes sociais. O burburinho deu certo. Será que o Google conseguirá finalmente entrar num dos únicos mercados de internet que não domina?

Entrar, sim. Dominar, dificilmente. Considere o Google+ uma versão mais limpa que o Facebook e bem menos ambiciosa do que o Wave. Ele trouxe três grandes novidades que empolgaram seus primeiros usuários. A primeira é a divisão dos contatos em círculos. Você tem controle total e de forma natural (sem precisar se aprofundar em configurações) de seus amigos, colegas de trabalho ou conhecidos. A segunda novidade é o Hangout, um serviço de chat em vídeo que comporta até dez pessoas ao mesmo tempo. Há quem diga que seria o início do fim do Skype. O terceiro ponto forte é a integração com os celulares com o sistema Android, do Google, que caminha para chegar a 1 bilhão de usuários em 12 meses.

O que joga contra o Google+? As pessoas vão atrás dos amigos. E o Facebook já tem 750 milhões de usuários. Oferece serviços e aplicativos que seguram os usuários, como os joguinhos em rede, as páginas de bandas, revistas, produtos etc. Além disso, as pessoas já colocaram ali suas fotos, seus vídeos e suas memórias. Em breve o Facebook deverá incorporar alguns recursos do Google+.

A típica estratégia do Google é disparar para todas as direções sem medo de errar. Quando ele acerta, nascem serviços arrasadores, como o Gmail, Google Maps e o próprio buscador. Todos líderes isolados em seus segmentos. Se acertar desta vez, o Google terá finalmente unificado seu império na internet, com serviços de vídeo YouTube e fotos Picasa, do navegador Chrome ao sistema de celular.

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